segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Design na Pele

O projeto Design na pele será lançado nessa terça-feira, 29, no no Salão +B que ocorre no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)

O evento contará com a apresentação do livro homônimo produzido a quatro mãos pelo estilista Ronaldo Fraga e pela artista plástica Heloísa Crocco, além de uma exposição de fotos e vídeos, que segue até o dia 31.10. Ronaldo ainda profere palestra sobre o tema na manhã de abertura.

O Design na Pele é uma iniciativa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) que tem como objetivo promover a inovação do setor coureiro através da moda e do design. A dinâmica dessa iniciativa mescla inovação e criatividade e, a fim de tornar real essa ideia, esses dois grandes nomes nacionais foram convidados para integrar a equipe criativa. O projeto, que tem como referência a pesquisa etnográfica do livro “+B Inspiração Brasil” (Abest), tem apoio do Brazilian Leather, uma iniciativa do CICB e da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

A mostra também terá cinco filmes (curtas) que retratam esse trabalho em cinco línguas (português, inglês, espanhol, italiano e mandarim). “O objetivo do Design na Pele é a incorporação do senso estético nos curtumes brasileiros, resultando na agregação de valor do couro do país. Nosso objetivo é ampliar o share do Brasil no mercado de couros acabados no mundo”, explica Maurício Medeiros, coordenador do projeto Design na Pele.

Iniciado em abril de 2013, o Design na Pele foi pensado para aproximar a indústria coureira nacional da cultura do design. Para viabilizar a iniciativa, os criadores foram divididos em dois núcleos, totalizando 13 curtumes nessa primeira etapa. Ronaldo trabalhou com curtumes de grande volume do país, enquanto Heloísa atuou com os curtumes dedicados aos couros especiais, produzindo artigos cuja origem da pele é diferenciada, como avestruz, cobra, peixe e rã.

O presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, enfatiza o potencial nacional da indústria dos curtumes. “O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, além de ser um grande exportador mundial”. O executivo ainda explica como a dupla de criadores trabalhou a proposta. “Heloísa e Ronaldo tiveram oficinas em grupo com seus respectivos curtumes e também consultorias individuais em que puderam avaliar in loco o trabalho e as possibilidades de cada empresa. A intenção era observar a realidade do curtume e trazê-la para dentro do projeto, extraindo ao máximo os talentos e a criatividade de cada empresa”, ressalta.

Couro sintético não existe

Outro objetivo do Design na Pele é trazer mais informações sobre a nobreza e a legitimidade do uso do termo couro. De acordo com a Lei 4.888, em vigor desde a década de 1960, é crime usar termos como “ecológico”, “sintético” ou mesmo “legítimo” para designar qualquer matéria-prima semelhante que imita a pele animal.

Nenhum comentário: