quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Brasileiro não se protege contra o sol

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) quis saber como o brasileiro se relaciona com o sol

A pesquisa inédita sobre hábitos de exposição solar e fotoproteção, realizada pelo Datafolha mostrou que nenhum dos brasileiros se protege de forma completa (evitando o sol das 10h às 16h, usando chapéu, óculos, protetor solar e sombrinha ou guarda-sol) no seu dia a dia e somente 23% usam o protetor diariamente como recomendado pelos dermatologistas.

Quando questionados sobre a proteção solar nos momentos de lazer, 4% dos entrevistados (representando cerca de seis milhões de brasileiros) não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago, isto é, quando estão diretamente expostos aos raios e com roupas de banho, com mais partes do corpo expostas.

Já o principal horário de exposição dos brasileiros na praia ou piscina é das 10 às 15h (44%); ou seja, o pior horário para pegar sol. “além de não se protegerem ainda se expõe ao sol no pior horário”, destaca Sérgio Schalka, Coordenador da Pesquisa e do Consenso de Fotoproteção da SBD.

Jovens desprotegidos
Dos entrevistados que têm filhos até 15 anos, 20% dessas crianças e adolescentes não se protegem de forma alguma nas atividades de lazer. Se a análise incluir as classes D/E, esse percentual sobe para 35%. “Isso é preocupante, pois sabemos que a exposição até os 18 anos é a mais prejudicial à saúde”, aponta o dermatologista.

Uso do protetor solar nas atividades de lazer é maior entre as mulheres
As mulheres usam significativamente mais o protetor solar nas atividades de lazer (79%) do que os homens (52%), enquanto que os brasileiros de menor escolaridade e nível sócio-econômico são os que menos usam o protetor solar (50%) na praia ou piscina.

A pesquisa
De 23 a 27 de agosto o Datafolha avaliou os hábitos de fotoproteção de 2069 mil brasileiros, em 130 municípios. Segundo Sérgio Schalka, Coordenador da Pesquisa e do Consenso de Fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia, “a pesquisa é importante para que possamos tomar iniciativas mais sólidas de prevenção ao câncer da pele. Ainda temos grande parcela da população que não se previne adequadamente, precisamos reverter este quadro”, afirma o dermatologista.

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