sábado, 30 de setembro de 2017

Esfoliar é melhor do que lixar os pés

Lixar os pés pode ser prejudicial. Dermatologista explica que o melhor é a esfoliação e ensina como deve ser feita

A sola dos pés tem em média seis milímetros de espessura e é composta pela epiderme, com uma área que tem mais queratina (proteína morta), por isso é mais espessa, segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Mesmo que esteja densa demais, lixar - principalmente com lixas elétricas - não é uma boa opção: "Quanto mais agressivo for o método, maior será o rebote produzido pela pele, é uma resposta natural do corpo, ou seja, o espessamento ficará maior, por isso as lixas elétricas são altamente prejudiciais", explica. "Além disso, num primeiro momento, nós podemos perder a capacidade natural de autoproteção, o que abre a porta de entrada para fungos e bactérias", alerta.

A dermatologista recomenda o uso de esfoliantes naturais. "Uma vez que a região da planta dos pés suporta todo o peso do corpo e faz atrito constante com o solado dos calçados, que muitas vezes é constituído por substâncias sintéticas, isso provoca um quadro de irritação com tentativa natural de espessamento para autoproteção". Dessa forma, devem ser usados esfoliantes à base de cremes, ou microesferas em óleos.

Como esfoliar os pés
"Antes de esfoliar, os pés devem ser embebidos numa solução de água com óleos, ou mesmo com extratos naturais (mentha piperita, hortelã, óleo de alecrim ou de amêndoas), só depois fazer a esfoliação, em movimentos circulares e na região do dorso e da planta dos pés, e por fim a hidratação".


Solução caseira - "Podemos usar sal grosso com óleos naturais, ou a mistura de açúcar com mel para fazer a esfoliação e logo depois aplicar creme hidratante à base de lanolina, vaselina, manteiga de karité, Vitamina E, Pro Vitamina B5 e a ureia. É fundamental fazer hidratação reparadora para evitar o efeito rebote".

Dra. Claudia Marçal
Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School. 

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