segunda-feira, 23 de abril de 2018

Hábitos que aceleram o envelhecimento

O envelhecimento da pele é um processo natural do organismo e ocorre com todas as pessoas, mais cedo ou mais tarde. “O principal causador do aparecimento das rugas é a qualidade da pele, que pode ser comprometida por fatores como genética, características anatômicas ou idade. Porém, hábitos comuns fazem com que ocorra a piora da qualidade da pele, com aceleração do processo de envelhecimento”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal

Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a especialista citou oito hábitos que devem ser evitados para que não ocorra a formação precoce de rugas e linhas de expressão. Confira:

Exposição Solar: a exposição à luz ultravioleta (UV) é uma das principais causas de sinais prematuros de envelhecimento na pele. Os raios UV danificam o DNA das células, causam manchas e aumentam a produção de radicais livres, principais responsáveis pelo envelhecimento da pele. Além disso, a exposição solar está ligada ao dano oxidativo, à inflamação do tecido e à produção de enzimas que degradam colágeno, resultando em uma pele mais flácida e com rugas.

Exposição à poluição: a poluição libera metais tóxicos e pesados, como mercúrio e chumbo, que estimulam na pele mensageiros pró-inflamatórios com formação de radicais livres que desencadeiam um processo de envelhecimento precoce, resultando no aparecimento de flacidez, rugas e linhas de expressão graças à destruição do colágeno.

Ingerir álcool em excesso:  o álcool estimula a produção de radicais livres, que em contato com as células danificam sua estrutura, causando envelhecimento precoce e flacidez. O álcool pode piorar a qualidade da pele, pois o organismo precisa de água para metaboliza-lo e, quando não há água suficiente, ele busca a água nos tecidos periféricos para realizar o seu trabalho. Esta perda d’água afeta a pele, diminuindo o viço e colaborando para o ressecamento e a descamação.

Fumar: o cigarro é um dos maiores causadores de malefícios para a pele, pois ocasiona a queda da produção do colágeno. A nicotina, presente no cigarro, estimula o estresse oxidativo e libera mensageiros que vão causar inflamação na pele e prejudicar a função da barreira, comprometendo a hidratação e favorecendo o aparecimento de rugas e flacidez.

Consumo excessivo de açúcar: devido a um processo denominado de glicação, onde o excesso de açúcar no organismo liga-se às proteínas, formando assim os AGEs (produtos finais da glicação avançada). Esses AGEs causam uma desordem tecidual, levando à perda da elasticidade da pele, formação de rugas, menor capacidade de cicatrização e ao envelhecimento do tecido.

Dormir pouco: a falta de sono compromete o tempo necessário para que ocorra o reparo e regeneração da pele. Isso porque é a noite que ocorre a produção natural de melatonina, que junto com a Glutationa, Superoxido Dismutase e Catalase, fazem parte da defesa do organismo contra os radicais livres. É durante o sono também que ocorre a produção do hormônio de crescimento IGF1, responsável por regular a insulina, evitando assim que altos índices de níveis glicêmicos envelheçam nosso tecido e provoquem inflamação.

Expressões faciais repetitivas:  expressões faciais, quando excessivamente repetidas ou feitas de forma exagerada, podem levar ao aparecimento precoce de rugas. Isso porque, com o tempo, a pele perde a capacidade de voltar ao seu estado normal após acompanhar a movimentação da musculatura, favorecendo a formação das linhas de expressão. 

Estresse: situações de estresse alteram o funcionamento do organismo otencializando o estado inflamatório persistente da pele e fazendo com que as células tenham tempo de vida e atividade diminuídas. Com isso, há o aumento da produção de radicais livres e a aceleração do envelhecimento biológico, dificultando a capacidade da pele de fazer a renovação celular e produzir colágeno.

Dra. Claudia Marçal
Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.

Nenhum comentário: