domingo, 29 de março de 2020

Mercado de flores prevê falência de produtores

A estimativa do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) é de que 66% dos produtores de flores e de plantas ornamentais não consigam resistir a atual situação econômica do país, provocada pelo Covid-19

Conforme o Instituto, caso as regras não sejam flexibilizadas para permitir a reativação da economia e a comercialização de flores e plantas, haverá um cenário devastador após o Dia das Mães, com o desemprego estimado de 120 mil pessoas nas áreas produtivas. Em toda a cadeia, o valor calculado que o setor deixou de faturar apenas nas primeiras duas semanas pós Covid-19 no Brasil soma R$ 297,7 milhões.

O Ibraflor tem apelado ao Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, e aos governos estaduais para que flexibilizem as regras para o setor que movimenta R$ 8,67 bilhões em toda cadeia, gera 210.000 empregos diretos e mais de 800.000 indiretos.

Em carta enviada ao assessor do Ministério da Agricultura, Sérgio Zen, o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker, relata os estudos elaborados na reunião desta quinta-feira (26 de março) pelo Comitê de Crise, formado pelas principais lideranças do setor e instalado em Holambra, interior de São Paulo, maior polo comercializador brasileiro de flores e plantas ornamentais. 

Mercado de flores
O Brasil tem mais de 8.000 produtores, 60 centrais de atacado (como as cooperativas, por exemplo), 680 atacadistas e prestadores de serviço e mais de 20 mil pontos de varejo. São cerca de 15.600 ha de área cultivada, o que coloca o país no oitavo lugar entre os maiores produtores de plantas ornamentais do mundo. São 210 mil postos de trabalho no setor, sendo que 54% dessas vagas são no varejo, 39% na produção, 4% no atacado e 3% em outras funções.

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