domingo, 1 de novembro de 2020

AVON anuncia compromisso antirracista

AVON anuncia compromisso antirracista e fecha parceria com a cantora Larissa Luz para a campanha "Essa é a minha cor"

A luta pela diversidade e empoderamento feminino faz parte do DNA da Avon, a marca já esteve envolvida com outros projetos na busca pela representatividade, como a presença no Bloco Ilê Aiyê; o lançamento, em 2018, de um informativo sobre Afrofuturo; e estudos globais, desde 2013, sobre tons de pele de mulheres em seis países, incluindo Brasil. Nesta nova ação, embalada pela voz e presença de Larissa Luz, também é estrelada pela Cris Viana, Zezé Mota, Magá Moura e Ana Paula Xongani, a AVON traz, em forma de poesia, toda a força, potência e beleza das mulheres negras ampliadas quando reunidas.

Manifesto essa é minha cor, por Larissa Luz

“Ser mulher negra no Brasil é acordar todos os dias e bolar estratégias de resistência, de resiliência, estratégias para ser feliz, estratégias para amar.

Planejar o seu destino acreditando no aparente impossível, apostar no invisível, investir no que todos parecem duvidar.

Não ter muito tempo pra chorar, não ter muito tempo pra se divertir, não ter muito tempo pra comemorar, não ter muito tempo porque o tempo parece ser sempre pouco pro tanto a se fazer.

Ser mulher negra é nascer com uma missão: sobreviver.

Porque parece que estamos sempre no risco, senão de morrer, ao menos de enlouquecer.

Mas mesmo com tudo, quando estamos juntas, deixamos de ser apenas mulheres de guerra e passamos a ser mulheres de amor, de sensibilidade, de acolhimento, afeto...

Quando percebemos nos nossos diferentes tons, uma essência em comum, entendemos que, na mistura das nossas tintas, mora o tom do abraço, e ele é reluzente, é consistente.

O tom ideal vem da nossa união.

E na construção dessa paleta o único objetivo é achar o nosso lugar.

Poder assumir a nossa verdade, na pele crua, é acessar a liberdade, não sentir medo de estar nua.

Seguir com a segurança e a convicção de que o mundo é nosso e seremos a revolução.

Bater no peito e dizer com vontade:

“Me chama de preta. Me chame de negra. Essa é a minha Cor.”

Nota da redação
Tem muito pouco a oferecer o ser humano que acha ser melhor que alguém pela cor da pele.

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