sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Saiba como escolher o protetor solar

As dicas são da dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Procure três itens essenciais: o protetor solar deve ter no mínimo FPS 30, proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared) e resistência à água. Esses produtos oferecem maior eficácia na proteção da pele. Geralmente os fotoprotetores que diminuem os danos provenientes do calor são formulados com antioxidantes específicos. Estudos mostram que o uso diário de um fotoprotetor pode reduzir o risco de: câncer de pele, incluindo melanoma, o câncer de pele mais grave; sinais de envelhecimento prematuro da pele, como manchas, rugas e pele com textura mais dura e espessa; queimadura de sol; melasma. Mesmo que o fotoprotetor seja resistente à água e ao suor, o ideal é repassar a cada duas horas em fotoexposição direta e a cada quatro horas em ambientes fechados.

2 - Considere seu tipo de pele: para afunilar ainda mais a sua busca ideal, mesmo após escolher um fotoprotetor que tenha os três itens essenciais, ainda é possível ter algumas opções até encontrar o filtro solar certo para você. Nesse momento, é interessante verificar o tipo de pele, as necessidades e as condições do tecido cutâneo do paciente. 

Pensando no tipo de pele, no geral, os produtos em gel e sérum são indicados para pele oleosa, enquanto as loções e cremes são indicados para pele mais seca. Se sua pele é propensa à acne, deve procurar as palavras ‘não-comedogênico’ ou deve estar claro que o produto é antioleosidade ou pelo menos não vai entupir os poros. Essa mesma dica também vale para a pele oleosa. Já para as peles mais secas, um produto específico geralmente confere maior hidratação, então essa palavra-chave deve estar no rótulo.

3 – Lembre-se das necessidades da pele: se sua pele é mais reativa, sensível e propensa à alergia, evite protetor solar com fragrância, PABA, parabenos ou oxibenzona (benzofenona-2, benzofenona-3, diosbenzona, mexenona, sulisobenzona ou sulisobenzona sódica). Na verdade, essas substâncias devem ser evitadas por todos. 

Em volta dos olhos use um protetor solar específico e certifique-se de que tenha um FPS 30 (ou superior), proteção de amplo espectro e resistência à água. Use também óculos de sol com proteção UV para mais segurança.

No caso das crianças, o protetor solar deve ser mais específico, isento de proteção química. Ele deve conter apenas proteção física, com óxido de zinco e dióxido de titânio. Quando o paciente tem rosácea, é indicado usar um protetor solar que contenha apenas óxido de zinco e dióxido de titânio também.

Para a proteção dos lábios, um bálsamo labial com FPS 30 e proteção de amplo espectro é indicado.

Importância da fotoproteção
Usar filtro solar é a forma mais segura de proteção contra as radiações solares. “Pesquisa recente descobriu que o guarda-sol, por exemplo, não consegue bloquear as radiações e oferece, no máximo, FPS 8. Além disso, a areia reflete os raios solares”, afirma. 

“UVA é o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), sendo um tipo de radiação que atravessa nuvens, vidro e epiderme e penetra na pele em grande profundidade, até as células da derme – sendo o principal produtor de radicais livres. Entre os prejuízos: desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele. Já o UVB deixa a pele vermelha e queimada, danifica a epiderme e é mais abundante entre as 10 da manhã e as 4 da tarde. Essa radiação pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de câncer”, diz.

Dra. Paola Pomerantzeff
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica.

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.

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